sábado, 22 de maio de 2010

O CASAMENTO DA BONECA-LITERATURA INFANTIL

A boneca vai casar.Tem apenas 12 meses, mas vai casar. A mãe tem oito anos e o sorriso dum desenho de poulbot.

O noivo é alferes de cem francos. É um noivo rico. Só de direitos, pagou na alfândega, nove mil réis.

Para a cerimónia nupcial, vestiram-no de grande uniforme. Um primo da sogra que anda nas belas artes condecorou-o com a Cruz de Guerra.

Um aluno de hitória, que já chegou a Austerlitz aconchegou-lhe a mão direita no peito da casaca. Pronto Napoleão em Santa Helena

A noiva está linda.Vestidinho branco, véu e flor de laranjeira. Tudo como se tivesse vinte anos e um primo alferes de cavalaria. Sentada numa cadeira de espaldar, aguarda o noivo com um sorriso nos lábios,

Aproxima-se da igreja,improvisada no vão duma janela, o cortejo nupcial.
O padre que ainda não fez exame da instrução primária, finge que pronuncia em latim, as palavras sacramentais. A mãe da noiva enxuga os olhos com um lencinho de cambraia. No minuto solene, toda a gente ajoelha com devoção.
Enfim! Estão casadinhos. Debanda o cortejo. Os noivos foram passar a lua de mel ao jardim. Entretanto jantam os convidados. Belo apetite. O vinho do Porto trepa àquelas cabecinhas frágeis e dentro em pouco ninguém se lembra já dos noivos que continuam muito juntinhos., à beira do lago azul.
Nasceu uma estrela. Alguns convidados já têm sono. O primo das Belas Artes zangou-se com o aluno de História, ambos de sete anos, e disseram que não queriam brincar os dois.
A mãe da noiva, na sua qualidade de sogra, também de oito anos, ainda quis manter a disciplina, mas o das Belas Artes que era o pai do alferes, franziu o sobrolho e declarou que ia requerer o divórcio.
Pânico geral.Fugiram todos os convidados para o jardim. A noite estava um encanto. Minuto de tragédia. Junto do lago não havia viva alma. Os noivos tinham desaparecido . Percorreram todo o jardim mas não os encontraram. Num telhado em frente miavam dois gatos. No céu, havia já um chuveiro de estrelas. Os convidados recolheram então penates, mais tristes que a noite.
No dia seguinte, os noivos apareceram no telhado. COITADOS!. Passaram a noite de núpcias à LA BELLE ÉTOILE, em casa de dois gatos, que por sorte, também tinham casado nesse dia. Os noivos foram os seus aconchegos para dormirem regalados à Luz das estrelas...em 1920.
de Norberto Lopes

sexta-feira, 21 de maio de 2010

FESTA DE ANIVERSÁRIO

découpage em vidro

Découpage em vidro

Materiais utilizados:
- Prato de vidro
- Guardanapo com motivo à escolha
- Cola para decoupage (eu usei a da Creative UHU)
- Pinceis de cerdas macias
- Alcool
- Algodão

- Batedor de esponja

Passo-a-Passo:

1ºPasso- Pegue no guardanapo e recorte o motivo escolhido, utilizando uma tesoura de ponta fina para o corte ser mais preciso.

2ºPasso- Limpe com álcool a zona onde vai ser aplicado o guardanapo, para retirar qualquer impureza ou gordura que o vidro possa ter.

3ºPasso- Pincele com cola para decoupage a zona do vidro onde vai aplicar o guardanapo.

4ºPasso- Retire as folhas excedentes do recorte do guardanapo e aplique o recorte com bastante cuidado no vidro( cuidado para não rasgar), depois com um pincel de cerdas macias, passe novamente a cola por cima do guardanapo,mas com muito cuidado e sempre do meio para os lados.


5ºPasso- Deixe secar bem e volte a aplicar mais 1 ou 2 demãos de cola (deixar secar bem entre as demãos)até o trabalho ficar com o aspecto pretendido.

6ºPasso- Passe uma camada de tinta acrílica com o batedor de esponja ou pedaço,esponjando(batendo com o batedor carregado de tinta) até o prato estar todo pintado. Deixe secar.

Se quizer, pode passar uma nova camada.

7ºPasso- Passe 1 ou mais camadas de verniz para cerâmica(eu usei o Quiloso que é sintético). Deixe secar bem entre as demãos. O secador de cabelos também pode ser usado para acelarar a secagem.

P.S:- Não pode ser lavado na máquina e a lavagem à mão, tem de ser com água fria!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

COMO FAZER UMA BOA CANJA

RECEITA TIRADA DA INTERNET

Corre por aí que o bom cozinheiro não é só aquele que faz altos pratos, com altos ingredientes, mas aquele que do nada faz o muito.
E, de fato, algumas das melhores comidas são as mais simples.
Quer apostar? Então vamos lá.

Experimente provar um pão quentinho com manteiga de verdade. Sim, porque há manteiga de mentira, ou então rodelas de tomate italiano regadas com um fio de azeite extra virgem e uma nuvenzinha bem rala de sal. Aí meu Deus!
Tente também um spaghetti - cozido no ponto certo - ao alho e óleo.Mas, aposta à parte queria propor uma receita básica, básica, prosaica até.

Trata-se da canja


Uma simples e singela canja da qual eu venho me lembrando insistentemente ultimamente.
Canja da minha mãe, canja da minha avó, canja da minha tia. Sabor de infância! Explico:
Segundona brava, muita coisa para fazer na rua, frio com chuva... Ao chegar em casa, comecei a ter a sensação de que ficaria gripada, uma mistura de cansaço com sintoma de gripe.
Como adoro sopa e sempre achei que um bom caldo cura tudo, meu corpo cansado me propôs que uma revigorante canja seria minha única salvação.

Arrumei forças e fui direto para o “lugar de gente feliz” (adoro esse slogan) mercado aqui perto de casa à caça dos ingredientes que faltavam para completar minha canja - um peito de frango com osso, ervas frescas, alguns legumes, uma baguete fininha...

Gente acredito mesmo e tenho tido comprovações de que comida é um troço milagroso.
Somos o que comemos (dito popular), e uma boa refeição, pode não curar todos os casos, mas que ajuda isso ajuda!

Nada de sopa pronta daquelas de pacote, de boteco, mas uma canja bem feita, bem temperada é capaz de curar tristeza, gripe, estômagos maltratados, fígado pedindo socorro, dor de cotovelo é um bálsamo perfeito para os corpos fatigados e os corações tristes.
Eu juro que é verdade!

Pensem comigo: uma sopa bem feita exigiu que alguém selecionasse todos os ingredientes, lavasse, picasse, ralasse todos eles... Depois há de se levar ao fogo lento, ir acrescentando água aos poucos. É preciso um bom tempero e deixar a poção cozinhar em fogo lentamente.
Tudo feito para você, que está precisando de cuidados. Por isso que canja de mãe sempre funciona! Pelo menos aqui em casa, esse sempre foi o prato que meus filhos me pedem quando me disponho a fazer algo realmente especial com sabor reconfortante-Porque é sempre feita com verdadeira preocupação, atenção.
As mães em geral não percebem, mas são quase todas meio bruxinhas - cada uma a seu modo.

Mas, voltando à Canja Caprichada e pondo fim ao lero-lero. A receita que indico demanda um pouco de tempo. É claro que dá para simplificar muito o modo de fazer, mas se der, não simplifique e curta o ritual de fazê-la.


Minha receita devidamente adaptada com o passar dos anos
Numa panela de pressão, coloque:

- 1 peito de frango bem lavado inteiro com osso,
- 1 cebola grande descascada e cortada em 4,
- 4 dentes de alhos cortados em 4),
- 2 cenouras descascadas e cortadas grosseiramente,
- um amarrado de cebolinha, salsinha, 1 folha de louro e se quiser 2 ou 3 folhinhas de hortelã.
Complete a panela com água até cobrir tudo, coloque o sal e uma colher de vinagre - Tampe a panela e leve ao fogo médio.

Enquanto o caldo cozinha lave 4 batatas médias e corte em pequenos cubinhos é opcional mesmo;

Depois que a panela começar a chiar conte de 15 a 20 minutos e abra a panela (devidamente).
Retire o peito do frango e reserve.
Em seguida, retirem da panela com uma escumadeira todos os temperos, a cenoura cozida e bata com um pouco do caldo tudo no liquidificador.
Volte o caldo à panela e acrescente os cubinhos de batatas para cozinhar.
Desfie o peito do frango reservado.

Antes que as batatas fiquem moles, acrescente meio copo de arroz cru (sem lavar) deixe levantar fervura e acrescente o frango desfiado. Vigie o tempo para que tudo cozinhe.
Acrescente água fervida aos poucos se necessário e corrija o o sal.

Apague o fogo e acrescente um punhado de salsinha picadinha por cima.

Na hora de servir já no prato, regue com um fio de azeite e polvilhe queijo ralado.

Uma última conclusão: sopas são remédios maravilhosos contra depressão.
Quando a sopa quente, cheirosa, colorida e apimentada, bate no estômago, a tristeza se vai e a alegria volta.

Não há melancolia que resista à magia de um prato de sopa...

sábado, 15 de maio de 2010

TRABALHOS COM CASCAS DE OVOS

CONVERTEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO

Palavras de Bento XVI no Livro de Honra do Santuário de Fátima:
“Convertei-vos e acreditai no Evangelho”
2010-05-15



“Convertei-vos e acreditai no Evangelho" foi a mensagem que o Papa Bento XVI deixou escrita no Livro de Honra do Santuário de Fátima.

Com data de 13 de Maio e em Latim – “Convertimini et credite Evangelio. Benedictus PP. 13.V.2010” – foi esta exortação, com as palavras de Jesus no início da sua pregação, que o Papa escreveu no mesmo Livro onde também o seu antecessor João Paulo II havia assinado.

Conversão é a palavra-chave da mensagem de Fátima e um apelo ao Evangelho e, também por isso, além da alegria da sua presença como peregrino entre os peregrinos, o Santuário de Fátima agradece reconhecido a mensagem de esperança e de confiança em Deus que Sua Santidade daqui de Fátima deixou ao mundo.

No Santuário de Fátima continuaremos, como fazemos há anos, a rezar diariamente pelo Papa. Colocaremos no coração materno de Nossa Senhora de Fátima, como Sua Santidade Bento XVI fez na Capelinha das Aparições, “as aflições e esperanças da família humana inteira”.

Fátima, 15 de Maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ORAÇÃO DO "MAGNÍFICAT" EM ACÇÃO DE GRAÇAS

A minha alma glorifica o Senhor *
e o meu espírito se alegra em Deus , meu Salvador.

Porque pôs os olhos na humildade da Sua serva:*
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada
todas as gerações.
O Todo Poderoso fez em mim maravilhas.*
Santo é o Seu nome.

A Sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do Seu braço*
e dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos*
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens*
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,*
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência para sempre.

Glória ao Pai e ao Filho*
e ao Espírito Santo,
como era no príncipio,*
agora e sempre.Amen

segunda-feira, 10 de maio de 2010

ORAÇÃO PELO SANTO PADRE COM BEATA ISABEL DA TRINDADE

Noite e dia te encontras, ó Virgem fiel,

em profundo silêncio, em doce paz,

em oração divina e permanente,

inundando teu ser de luz eterna.

O teu coração, como um cristal,

é reflexo de Deus, Beleza eterna, Teu hóspede fiel!

Tu, Maria, atrais para o céu.

É o Pai quem te entrega o Seu filho e serás Sua Mãe!

Com a sua sombra, o Espírito do amor virá sobre ti..

Em ti já se encontram os Três.

O céu abre-se e adora o mistério de Deus

que em ti, ó Virgem, Se fez Carne....

Mãe do Verbo, revela-me o teu mistério,

quando Deus encarnou dentro de ti.

Diz-me como viveste na terra,

mergulhada em contínua adoração...

Mãe. guarda-me sempre num apertado abraço.

Que eu traga sempre em mim a realidade deste Deus,

todo Amor por toda a humanidade. Assis seja!

sábado, 8 de maio de 2010

OS MELHORES ALIMENTOS

UMA HISTÓRIA

O Destino da Música, escrita por António Torrado

“Era uma vez uma música, uma melodia. Andou pelos ouvidos das pessoas.

Alguns cantarolavam-na. Outro assobiavam-na. Fosse em lá-lá-lá, no céu da boca, ou em tri-ti-ti, na ponta dos lábios, sabia sempre bem.

Quando era tocada no coreto da praça, as pessoas paravam de conversar e aproximavam-se pé ante pé, meneando a cabeça ao som da música. E, quando a música acabava, batiam palmas entusiasmadas, que tanto se destinavam à música como à banda que apuradamente a tocara. E pediam “Bis! Bis!”.

Às vezes, o maestro fazia-lhes a vontade. Nova sessão do encantamento e, no fim, mais uma grande revoada de palmas.
Acontecia as pessoas acordarem, de manhã, com a música a rodopiar nos ouvidos. Era bom.

Acontecia as pessoas adormecerem, à noite, com a música a rodopiar nos ouvidos. Também era bom.

E, durante o dia, os carpinteiros, a serrarem, assobiavam-na, as lavadeiras, a lavarem, cantavam-na, e toda a gente, quer estivesse a trabalhar quer fosse dar um passeio solitário pelo campo, espalhava-a pelos ares, dando mais vida à música que serpenteava, feliz, em direcção às nuvens.

Mas a banda deu a conhecer outras melodias. Era seu dever valorizar-se e renovar o repertório. Não podia estar só a tocar as mesmas músicas de antigamente.
Porque é que não voltam a tocar aquela que começa assim: Lá-lá-lá…? - perguntava alguém, com saudades da velha música.

Não havia quem soubesse responder.
A pouco e pouco, a música foi-se apagando das memórias.
Para onde vão as melodias que nunca mais são tocadas?
Eu sei, isto é, julgo saber. Os sons sobem.

Seja de flauta, de harpa ou de voz, o som solta-se donde é emitido e como leve coluna de fumo busca o ar transparente, onde vogam as andorinhas. Cada vez mais alto, o som atravessa as nuvens…

Quando chove e as gotas de chuva tilintam nas águas dos rios e dos lagos, os sons que subiram regressam à Terra. Todos juntos, em grande confusão, escorrem pelas correntes de água, em caudais de música, em ondas, em cascatas, e vão ter ao mar.

Os sons mais pesados vão para o fundo. Os outros permanecem à superfície e, levados pelo balanço das ondas, navegam, de mistura com algas, penas de gaivotas, bocadinhos de luz e de prata, roubados ao Sol.

Estava eu na praia, a contemplar um pôr de Sol (sou coleccionador de pores de Sol, não sei se sabem), quando uma musiquinha suave me trespassou os ouvidos.

Os óculos já embaciados da poalha da maresia ficaram ainda mais embaciados, porque, de repente, me lembrei de que tinha ouvido aquela música à beira de um coreto pela mão do meu avô Domingos. Portanto, há muito e muito tempo…
Não estava a inventar.

Para ter a certeza, aflorei a música aos lábios, num sussurro de um assobio, que voou em direcção às nuvens rosadas do entardecer

BOLO DE BOLACHA

COMENTÁRIO AO EVANGELHO DO DOMINGOVI DA PÁSCOA

PAZ DIFERENTE
“Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns ao outros”. Amar-nos uns aos outros com o mesmo amor com o qual Jesus nos amou é o único modo pelo qual todos podem reconhecer que nós somos seguidores de Jesus Cristo. O bom pastor nos disse isto com muita clareza no domingo passado. Hoje, continuando o assunto, nos diz como demonstrar o nosso amor por Ele e pelo Pai. De facto, se o nosso amor pelo próximo não transparece no modo como o tratamos, como demonstramos ao Senhor que o amamos?

Podemos dizer-lhe com as palavras... Mas com palavras corre-se o risco de ser uma coisa só da boca pra fora.
Concretamente, como poderemos mostrar a Deus Pai que o amamos?

Ensina-nos o próprio Jesus: “se alguém me ama, observa a minha palavra... quem não me ama, não observa as minhas palavras”. Parece tudo tão simples, mas é fundamental. Só podemos demonstrar a Deus que o amamos, escutando a sua palavra, conservando-a no coração e colocando-a em prática. É importante escutar com atenção a Palavra de Jesus e do mesmo jeito é importante colocá-la em prática, isto é, fazer o que ele nos pede, caminhar seguindo os seus passos.
Assim, se na missa dominical ouvimos a Palavra de Deus, e talvez até a escutamos com atenção, mas depois que saímos da igreja, nos esquecemos do que ouvimos, a que serve?

Pior ainda, se passamos a semana inteira fazendo exactamente o contrário daquilo que Jesus nos ensinou, no fundo, demonstramos que ele não importa muito pra nós. É como se disséssemos com as palavras: te amo, Senhor; mas, com o comportamento eu faço do jeito que eu quero.
Esta atitude não parece mesmo um modo para mostrar a Deus que queremos bem a ele. Pelo contrário, se não guardamos os seus mandamentos, não o amamos.
Todos, queremos guardar as palavras de Jesus no nosso coração, e para isso, ele nos assegura que o Espírito Santo enviado do Pai nos recordará tudo: “o Espírito Santo que o Pai mandará em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse”. Se nós ficarmos atentos todo domingo à Palavra de Deus, com certeza, durante toda a semana o Espírito Santo que está em nós nos ajudará a lembrar e a entender as palavras de Jesus, e nos fará lembrar no momento justo.
Por exemplo, acontece algo na nossa vida, principalmente quando alguém nos machuca; imediatamente, ficamos com raiva, pensando numa maneira de como não ficar por baixo. Se tivermos escutado bem o Evangelho, com certeza, o Espírito Santo nos fará lembrar como devemos nos comportar neste momento: “amai-vos uns aos outros”. Como é possível que naquele momento nos lembremos daquela palavra de Jesus? Eu acredito que tenha sido o Espírito Santo.
Mais adiante, Jesus deixa bem claro o efeito do cumprimento de sua palavra: “eu vos dou a paz, eu vos dou a minha paz. Não como o mundo dá, eu a dou a vós. Que não se turbe o vosso coração e não tenhais medo”.

Quando estivermos tristes, preocupados, com medo, é muito bom pensar nestas palavras. É o próprio Jesus quem nos assegura: “não tenham medo nem fiquem tristes. Não vos inquieteis com aquilo que acontece a vocês, porque eu dou um dom precioso: a minha paz”.
A paz que Jesus nos dá é diferente da que o mundo dá. Não é somente a ausência de guerra, o viver em segurança e tranqüilidade, a tolerância. Não! É uma paz que brota do amor e uma paz que conseguimos ter mesmo em tempo de dificuldade e provação. É uma paz que nos torna capaz de reconhecer no rosto de quem está ao nosso lado um irmão para amar.
Que Nossa Senhora de Fátima nos faça sentir a sua presença materna, e que ela nos guie, a Serva do Senhor, a nos abrirmos a sua palavra, acolhendo-a, para uma vida transformada.
Postado por Pe.Carlos Henrique Nascimento

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A ASSEMBLEIA DE RATOS

Envio-lhe esta fábula que faz parte de uma colectanea de 30 fábulas.
São todas em quadras e versos de 7 sílabas
Espero que goste.

Maria Almeida


A assembleia dos ratos

Certa colónia de ratos
Com enorme medo vivia
Por causa de um gato pardo
Que um a um todos comia.

Se algum deles o focinho
Fora da toca colocava
Estendendo as suas garras
No seu bucho o sepultava.

As ratazanas mais fortes
Nem essas queriam sair
E os famintos animais
Já se viam sucumbir.

Certa noite em que o gato
Versos de amor entoava
O rato mais sapiente
Seus congéneres convocava.

Em assembleia solene
O grupo se reunia
Com enorme discrição
No escuro da rataria.


E cada um dos presentes
Grandes ideias trazia
Num profundo entusiasmo
O conselho as discutia.

Por serem ineficientes
Ou difícil a execução
A noite já avançava
Sem haver deliberação.

Esquecendo o vil verdugo
Já cochilavam cansados
Algum deles buscaria
Solução para os estragos.

Então o mais lesto e jovem
De entre eles se levantou
E tomando um ar solene
A todos assim falou:

-Nós podemos estou certo
Suas ofensas sanar
Pois basta um pequeno guizo
Ao seu pescoço colocar.

Será seu próprio inimigo
Algoz o seu caminhar
E onde quer que este esteja
Facil será escapar.
Já todos batiam palmas
Suspirando aliviados
É que tal resolução
Deixou-os extasiados.

Foi então que um velho rato
Que no canto tudo ouviu
Percebendo a insensatez
A vez para falar pediu.

- O plano é inteligente
Sei que iria resultar
Mas resta agora achar
Quem vá o guizo colocar.

- Não sei dar laços - diz um
-Eu ainda muito menos
-Eu não vou que cambaleio
-E eu tenho filhos pequenos.

Assim a nobre assembleia
Em grande consternação
Se viu logo dissolvida
Por falta de execução.

Todos sabem todos dizem
Quando é para deliberar
Mas todos logo se vão
Quando é para executar.